A história dos Moravianos antecede à Reforma de 1500 de Lutero.
Os Moravianos foram os primeiros Protestantes a colocar em prática a
idéia de que a evangelização
dos perdidos é dever de toda a igreja, e não somente de uma sociedade ou
de alguns
indivíduos.
No levante das guerras dos anos 1600, a Boêmia e Morávia (República
Checa) foram dominadas
por um rei católico romano, o qual desencadeou uma terrível perseguição
contra os Moravianos.
Quinze de seus líderes foram decapitados.
Os membros da igreja foram mandados para os calabouços e para as minas
para trabalhos
forçados.
As escolas deles foram fechadas.
Bíblias, hinários, catecismos e escritos históricos foram totalmente
queimados.
Foram todos espalhados.
De fato, 16 mil famílias, repentinamente, se tornaram refugiadas.
Por quase cem anos procuravam fugir da perseguição.
Por causa disso formaram uma poderosa rede de cristãos
"clandestinos" através de pequenas
células.
Anos mais tarde, em 1722, um pequeno grupo desses refugiados estava à
procura de algum
lugar onde pudesse se sentir seguro.
Quando cruzaram a divisa da Alemanha, ouviram de um lugar conhecido como
Herrnhut, uma pequena
faixa de terra na propriedade de Nicholas Ludwig von Zinzendorf.
Zinzendorf assumiu a responsabilidade, não apenas supervisionando como
dono da terra
onde viviam, mas sim para lhes servir de pastor.
Em 1727 um derramar do Espírito de Deus uniu a comunidade.
Quando o avivamento espiritual ocorreu em 1727, começaram uma vigília de
virada de
relógio, vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, trezentos e
sessenta e cinco
dias por ano.
O livro devocional conhecido como Lemas Diários, que ainda tem sido
publicado pela Igreja Moraviana,
era o devocional mais amplamente usado entre os cristãos europeus.
O ministério Moraviano era fortemente regado por oração (tiveram uma
vigília de oração
que durou um tempo de 100 anos literalmente - nota do tradutor).
Os Moravianos não eram altamente educados nem teologicamente treinados.
Eram comerciantes.
De fato, os dois primeiros missionários que foram enviados eram coveiros
por profissão!
Dois jovens Moravianos, de cerca de 20 anos de idade, ouviram sobre uma
ilha no Leste
da Índia onde 3000 africanos trabalhavam como escravos e cujo dono era
um Britânico
agricultor e ateu.
Esses jovens fizeram contato com o dono da ilha e perguntaram se
poderiam ir para lá
como missionários.
A resposta do dono foi imediata: "Nenhum pregador e nenhum clérigo
chegaria a essa ilha para
falar sobre essa coisa sem sentido", o homem disse que aceitaria,
mas não pagaria nem
mesmo o transporte deles.
Então os jovens usaram o valor de sua própria venda para custear sua
viagem.
No dia da partida para ilha, as famílias estavam reunidas no porto para
se despedirem
dos jovens.
Houve orações choros e abraços, amigos e familiares puderam dar o último
adeus para
seus irmãos.
E algumas pessoas falaram: porque vocês estão fazendo isso?
Vocês nunca mais irão ver seus familiares e amigos, e vão ser escravos
para o resto
de suas vidas!
Mas quando o barco estava se afastando do porto, os dois jovens
levantaram suas mãos
e declararam em voz alta: "para que o Cordeiro que foi imolado
receba a recompensa por seu
sacrifício através das nossas vidas".
Esse tipo de amor nos leva a apoiar os interesses de Deus e a ficarmos
intensamente zelosos
por sua honra e glória.
Fruto de um avivamento!
É um amor que chora por causa das pessoas que não conhecem a Cristo.
É esse tipo de amor que ardia como fornalha no coração dos moravianos e
também será
despertado em seu coração.
Pois afinal é o que estamos buscando, mais PAIXÃO, mais FOGO e mais
glória.