domingo, 9 de maio de 2021

O que é a Estrela de Davi:

 




O que é a Estrela de Davi 



Estrela de Davi é um símbolo também conhecido como escudo de Davi, maioritariamente usado por crentes no Judaísmo. É um símbolo que apresenta várias interpretações e que está presente em várias manifestações culturais e religiosas. Estrela de Davi

Em hebraico, a expressão Estrela de Davi é "Magen David", que significa escudo de Davi. É um símbolo de realeza, e antigamente vários guerreiros do povo de Israel usavam esse símbolo nos seus escudos durante as batalhas.

A estrela de Davi também é conhecida por algumas pessoas como Selo de Salomão, que foi filho de Davi e considerado o rei mais rico e sábio de Israel.

É um símbolo de grande valor para os judeus e israelitas, e faz parte da bandeira de Israel. Apesar disso, nem todos os israelitas são a favor da Estrela de Davi na bandeira de Israel, porque nem todos seguem o Judaísmo. Várias pessoas indicam que esse símbolo designa um Estado sionista, o que não corresponde às crenças e ideologias de uma parte do país.

Historiadores indicam que o símbolo é constituído por dois triângulos porque no alfabeto hebraico usado na altura do Rei Davi o nome "Davi" era constituído por três letras, Dalet, Vav e Dalet, sendo que a letra Dalet tem uma forma triangular. Assim, a Estrela de Davi é formada pela sobreposição de duas das três letras do nome Davi.

Alguns autores indicam que um dos triângulos representa o homem e as suas três vertentes (corpo, alma e espírito) e o outro remete para Deus e os seus vértices expressam a Santíssima Trindade (Deus Pai, Filho e Espírito Santo). A Cabalá, por exemplo, indica que a Estrela de Davi remete para o confronto do bem contra o mal, do espiritual contra o físico. Além disso, os dozes lados da estrela podem representar as doze tribos de Israel.

Durante o holocausto, os nazistas identificavam os judeus que se encontravam nos campos de concentração através da representação da Estrela de David nas suas roupas.

Atualmente, várias a Estrela de Davi é frequentemente usada em tatuagens.






Estrela de Davi e Umbanda

Com o passar dos anos, várias religiões ou seitas começaram a usar o símbolo da Estrela de Davi, dando-lhe um novo simbolismo. Esse é o caso da Umbanda que indica que cada vértice dos triângulos está relacionado com uma entidade da Umbanda.

Estrela de Davi, maçonaria e ocultismo




Segundo o escritor maçônico Nicola Aslan, a Estrela de Davi é a representação visual de uma classe de símbolos da maçonaria, relacionados com Deus, a criação e perfeição.

Algumas pessoas relacionam a Estrela de Davi com o ocultismo, no entanto não há provas que a sua origem esteja ligada com o ocultismo. Por vezes existe a confusão entre a Estrela de Davi (que no seu interior tem um hexágono), uma estrela de seis pontas, com o Pentagrama, uma estrela de cinco pontas que no seu interior tem um pentágono e que tem vários significados esotéricos. Quando a estrela de cinco pontas tem as duas pontas direcionadas para cima, ela está relacionada com o satanismo.

John Wycliffe - Quem foi ? Biografia #Heróisdafé #GeneraisdeDeus

 




Biografia de John Wycliffe

John Wycliffe (1328-1384) foi um teólogo, professor e reformador religioso do século XIV. Foi considerado o precursor de Lutero e Calvino. Propôs uma reforma religiosa, na Inglaterra, que só iria se concretizar dois séculos depois.

John Wycliffe (1328-1384) nasceu em Yorkshire, Inglaterra, provavelmente no ano de 1328.



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Formação



Com 18 anos Wycliffe foi estudar Teologia, Filosofia e Legislação Canônica em Oxford.

Com 26 anos tornou-se mestre do Balliol, College de Oxford. Em 1361 foi ordenado pela Igreja católica, passando a exercer a função de vigário em Fillingham.

Em 1363 voltou para Oxford, onde concluiu o bacharelado em Teologia, em 1365 e recebeu o grau de doutor em 1372.

Contexto histórico

Nessa época, a Inglaterra era governada por "Eduardo III" (que reinou de 1327 a 1377) e a Carta Magna obrigava o rei a compartilhar o governo com o Parlamento.

Porém, o Parlamento ampliou seu poder, funcionando como "Corte de Justiça", com direito de aprovar impostos, legislar e inspecionar a administração, impondo seu controle ao poder real.

De 1309 a 1376 o papado permaneceu instalado em Avignon, na França. E desde 1337 esses dois países travavam uma guerra política que duraria cem anos.

Diante de toda essa situação, o Parlamento inglês procurava impedir a cobrança dos impostos eclesiásticos, pois os valores recolhidos pela igreja enriqueciam os inimigos franceses.

Mesmo dentro desse clima, o papa Urbano V, em 1365, reclamou os impostos que não eram pagos havia 35 anos.







O que defendia Wycliffe?


Ainda em 1374, Wycliffe foi convidado pelo Parlamento para encabeçar as discussões, com os representantes do papa Gregório XI, sobre as taxações papais, pois a fama do teólogo já era grande.

O Parlamento, com base na argumentação de Wycliffe, declarou que a submissão da Inglaterra a uma autoridade estranha era ilegal, pois havia sido decidida sem anuência da nação.

Com sua argumentação ganhou hostilidade do clero e favores do Governo inglês. Foi nomeado reitor de Lutterworth, em Leicestershire, cargo que manteve até a morte.

Ainda em 1374, Wycliffe recebeu uma missão que o levou a Bruges, Bélgica, na qualidade de delegado do Governo, na incumbência de tratar da questão papal das provisões.

Segundo elas, era o direito tradicional do Santo Padre de nomear quem quisesse para cargos eclesiásticos. Wycliffe foi contra, mas não conseguiu nada de prático.

Após a morte de Eduardo III, seu neto Ricardo II tinha apenas 9 anos, mas seu tio John de Lancaster ou de Gaunt, assumiu papel de destaque na vida política inglesa, e nele Wycliffe encontrou apoio para agir com maior liberdade.





As reformas de Wycliffe


John Wycliffe dedicou-se em traduziu a Bíblia para o inglês, a fim de torná-la acessível ao povo. Atacou a hierarquia eclesiástica, clamando por sacerdotes pobres, e isso teve repercussões ainda maiores em sua popularidade.

 

 

O alto clero, de modo geral, provinha da nobreza e acumulava os benefícios de seus altos postos na Igreja com as heranças das famílias feudais e já não exercia mais as atividades de caridade e muito menos mantinha voto de pobreza.

O alto clero Intervinha nos negócios do Estado e sua vida decorria em ambiente de luxo. Os votos de castidade e pobreza eram ignorados

O baixo clero provinha, em grande parte, das camadas mais humildes da população, era pobre e frequentemente analfabeto.

Tudo isso era abertamente criticado por John Wycliffe. Suas críticas à Igreja desempenharam importante papel por ocasião da "Legislação Antipapal", aprovada pelo Parlamento em 1376.

Em 1376, publicou “Sobre a Propriedade Privada” no qual afirmava, que todos os direitos, inclusive o da propriedade, emanavam de Deus, que os bens terrenos do clero deviam ser tomados e a Igreja devia se dedicar apenas aos assuntos espirituais. Dizia:

Qualquer, propriedade na mão do clero é basicamente pecaminosa.

Afirmava que a possibilidade de usufruto particular de uma propriedade devia ser resolução atribuída ao Estado e não à Igreja. Pressupunha a necessidade de encampação pelo Estado das terras pertencentes à Igreja.

No ano seguinte, o bispo de Londres o convocou, juntamente com seu protetor, John de Gaunt, para depor em um processo em que era acusado de erro de pregação.

O julgamento não se realizou, pois os homens fieis a Gaunt atacaram a guarda pessoal do bispo e Wycliffe se viu livre da Catedral de São Paulo, onde iria depor.

O papa Gregório XI emitiu cinco bulas condenando dezoito conclusões de Wycliffe e ordenando sua prisão até a apuração dos fatos.

Mesmo com sua liberdade ameaçada, mais uma vez o reformador compareceu perante o Parlamento 


para criticar a saída de valores ingleses para as mãos da Igreja.







A Igreja e dois Papas


Enquanto isso, a Igreja se dividia. Clemente VII fora eleito para papa pelo clero francês, em Avignon, e Urbano VI reconduzia a sede do papado para Roma.

O choque entre os dois papas era o que John Wycliffe precisava para chamar os papas de Anticristo. Voltou-se contra todos os dogmas da Igreja: absolvição dos pecados, a hóstia, tudo era alvo para os ataques de Wycliffe.

À medida que Wycliffe radicalizava, passava a ser um entrave à política exterior britânica e Gaunt pediu que ele silenciasse. Abriu-se um abismo entre Wycliffe e o Parlamento.






Últimos anos e morte

O fervor popular por Wycliffe, despertado por suas ideias cada vez mais críticas sobre as desigualdades sociais, fez crescer a desconfiança que lhe devotava a nobreza, que antes lhe apoiava.

Os efeitos da guerra se fazia sentir com mais força entre os mais humildes. A baixa produção, o desemprego e a peste negra deixou um panorama de miséria.

O Governo só tomava medidas de proteção aos interesses da nobreza. As doutrinas de Wycliffe serviram de respaldo ideológico para os camponeses, que liderados por Wat Tyler invadiram Londres.

A situação só se acalmou com a morte de Tyler e a supressão da servidão, a maior reivindicação do trabalhador rural.

Os camponeses saíram de Londres com a libertação dos presos e a promessa de outras medidas. Mas logo a seguir o rei revogou a supressão da servidão.

Wycliffe foi condenado pelo arcebispo de Canterbury, embora mantivesse o cargo de reitor. Prosseguiu com seus trabalhos e no fim da vida escreveu Trialogus, súmula de suas teorias.

John Wycliffe faleceu em Lutterworth, Inglaterra, no dia 31 de dezembro de 1384, em consequência de um derrame cerebral.

Em 1415, o Concílio de Constança ordenou que seus restos mortais fossem queimados e as cinzas jogadas nas águas do rio Swift, que banha Lutterworth.

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